Nada pode me ferir - Resenha crítica - David Goggins
×

Novo ano, Novo você, Novos objetivos. 🥂🍾 Comece 2024 com 70% de desconto no 12min Premium!

QUERO APROVEITAR 🤙
63% OFF

Operação Resgate de Metas: 63% OFF no 12Min Premium!

Novo ano, Novo você, Novos objetivos. 🥂🍾 Comece 2024 com 70% de desconto no 12min Premium!

708 leituras ·  0 avaliação média ·  0 avaliações

Nada pode me ferir - resenha crítica

Nada pode me ferir Resenha crítica Inicie seu teste gratuito
Biografias & Memórias

Este microbook é uma resenha crítica da obra: Can’t hurt me

Disponível para: Leitura online, leitura nos nossos aplicativos móveis para iPhone/Android e envio em PDF/EPUB/MOBI para o Amazon Kindle.

ISBN: 978-65-5564-614-6

Editora: Sextante

Resenha crítica

Problemas com o pai

A infância de boa parte das pessoas desperta lembranças felizes e nostálgicas. Não é o caso de David Goggins. Ele sente poucas saudades de seus primeiros anos. Seu pai era dono de uma pista de patinação e usava sua família como força de trabalho. 

David, seu irmão mais velho e sua mãe, eram explorados e trabalhavam até meia-noite na pista. O autor tinha só seis anos quando seu pai o obrigou a encarar a exigente rotina, que também prejudicou seus estudos. O que deixava tudo ainda mais traumático era o comportamento abusivo do pai. Ele espancava sua mãe sempre que ela lhe desobedecia.

Quando David tentava intervir, também apanhava. Mas, ao completar oito anos, fugiu com a mãe para uma pequena cidade em Indiana. Ela conseguiu um cartão de crédito em seu nome para tornar a fuga possível. O irmão decidiu ficar com o pai, apesar das provações. 

Uma infância ainda difícil

Embora David e sua mãe tenham escapado do pai, suas vidas não ficaram mais fáceis. Sem a renda da pista de patinação, ficaram pobres. Foram morar em um conjunto habitacional público, com o pouco que suas economias permitiam. Ele precisou lidar com os traumas da criação abusiva.

Sua performance na nova escola era ruim, efeito do prejuízo que o estresse provocou na memória. David teve episódios de gagueira nervosa e seu cabelo começou a cair. Seus professores o viam como um péssimo aluno e davam pouco apoio. O sofrimento aumentou por ser o único menino negro da turma.

Ele sofria bullying recorrentemente. Tinha medo de ser expulso ou transferido para uma instituição de necessidades especiais, já que as pessoas o viam como incapaz. Para sobreviver no ambiente hostil, começou a colar nas lições de casa e nas provas mais importantes. Os professores eram indiferentes. Assim, chegou à adolescência mal sabendo ler.

O sonho militar

No final da adolescência, David quis superar suas dificuldades escolares para ingressar na Força Aérea. Pôs toda sua energia no projeto. Trabalhou para aprender a ler e sentiu esperança em virar militar. Com o crescimento, cruzou quilômetros de prejuízo escolar e foi aceito.

Seu objetivo era virar um paraquedista da Força Aérea. Mas o treinamento era desafiador, exigindo habilidades de natação. Sua mãe não tinha condições de pagar aulas e ele praticamente não tinha visto uma piscina na vida. Assustado com a exigência da seleção, desistiu. Usou sua falta de condição física como desculpa e alegou motivos médicos.

Ao ser dispensado da Força Aérea, passou a viver com pouco propósito. Já adulto, conseguiu um emprego como exterminador de pragas, usando sua renda para alimentar seu crescente vício em comida. Depositou todas as suas frustrações ingerindo itens de alta caloria, como chocolate, donuts, cereais doces, bacon e por aí vai. 

Os SEALs

No meio de sua rotina calórica, David assistiu a um documentário sobre os SEALs da Marinha na TV. Eles são a maior força de elite militar do mundo. Por isso, têm o treinamento físico mais exigente. É o grupo que se dedica às missões mais perigosas, como a busca por Osama bin Laden em 2011.

Só os melhores do país conseguem passar. Ao ver imagens dos SEALs lutando, David ficou hipnotizado. Queria ser como aqueles soldados obstinados que via na TV. Passou a desejar ser como eles mais do que qualquer outra coisa. Aquelas figuras de elite eram tudo que David nunca sentiu que era.

Os SEALs tinham uma autoimagem de orgulho, dignidade e excelência. Eram pessoas resistentes, corajosas e com uma determinação de fogo que David nunca teve. Ele passou as semanas seguintes ligando para os escritórios que recrutavam soldados da Marinha dos Estados Unidos. 

Perdendo 48 quilos em três meses

David teve a sorte de encontrar um programa de treinamento para ex-recrutas como ele, que quisessem voltar à ativa entrando na marinha. Essa era a porta de entrada que procurava. Apesar de existir um caminho que poderia levá-lo aos SEALs, ele enfrentou dois problemas. Primeiro, o programa iria acabar em três meses. Depois, ele tinha 135 quilos. 

Precisava pesar 86,6 para ser aceito. Por isso, tinha que perder 48 quilos em três meses para ter alguma chance. Nas semanas seguintes, trocou sua rotina por um treinamento físico rigoroso. Abandonou o milk shake habitual e seguiu uma prática diária que era:

acordar às 4h30 da manhã;

comer uma banana e estudar para a prova de admissão para as Forças Armadas;

correr em uma bicicleta ergométrica por duas horas, lendo o livro de estudos enquanto pedala;

nadar por duas horas, mesmo com poucas habilidades de natação;

fazer um circuito com supino, supino inclinado e exercícios de pernas, com cinco ou seis séries de cem a duzentas repetições cada;

mais duas horas de bicicleta ergométrica;

jantar, com porções pequenas de comida;

outras duas horas de bicicleta ergométrica.

A semana do inferno

No mês seguinte, adicionou corridas de até seis quilômetros na rotina e acrescentou novos exercícios, à medida que emagrecia. Quando chegou o prazo, estava no peso certo. Finalmente, entrou para o treinamento extremamente exigente dos SEALs, para o qual o condicionamento físico radical anterior foi só um leve treino. David foi ao grau mais extremo do corpo humano. 

O programa dos SEALs exigia que os aspirantes subissem uma corda de 10 metros, corressem em um exigente circuito de obstáculos em menos de 10 minutos e percorressem mais de 6 quilômetros em até meia hora, na areia fofa. Mas a parte mais difícil eram os cinco dias da “semana do inferno”. 

Nela, um a cada quatro aspirantes desistem. Os candidatos passaram por 20 horas de provas físicas por dia, com quatro de sono. Era preciso correr 320 quilômetros, remar e nadar. Às vezes, carregar objetos pesados por longas distâncias, como toras de 70 quilos e botes de 100 quilos. 

Chegando ao extremo do corpo

Em uma das dinâmicas, os aspirantes ficavam de braços dados, como uma corrente, no mar. Durante a noite, a temperatura caía, deixando-os à beira da hipotermia. Os instrutores incentivavam os aspirantes a desistirem. Eles não queriam os mais fisicamente fortes, mas os que tinham mais força mental. 

David se manteve nas provas, persistente. Para ele, tudo na vida é um jogo mental. Não é só no treinamento SEAL que há desafios para a mente. Sempre que os dramas nos tragam, esquecemos que, por pior que a dor se pareça, tudo que é ruim acaba. 

Ao fim do treinamento, ele sentiu cada centímetro do corpo em carne viva. Mentalmente, era um zumbi. Mas conseguiu se destacar. Era recrutado pelos líderes para os testes mais exigentes. Um dos instrutores o fez nadar em mar aberto, no frio e no escuro. Ele superou todas as provações e conseguiu o feito de se tornar um SEAL de destaque.

O Vale da Morte

David mudou mentalmente. Desenvolveu a coragem para enfrentar qualquer desafio. Perdeu o medo de tentar coisas novas. Ele teve uma carreira militar longa, servindo no Iraque e no Afeganistão. Depois, começou a buscar novos desafios. Ele queria arrecadar dinheiro para as famílias de alguns dos SEALs que morreram no Afeganistão e, ao mesmo tempo, levar seu corpo ao limite novamente.

Por isso, decidiu correr a ultramaratona de Badwater, considerada a corrida mais difícil do mundo. Usaria o evento para angariar fundos para uma ONG que ajudaria as famílias. Ela acontece no Vale na Morte, na Califórnia, ao Norte do deserto de Mojave. É um dos lugares mais quentes do planeta. A corrida começa na Bacia de Badwater, o ponto mais baixo do continente.

Está 86 metros abaixo do nível do mar. De lá, os corredores seguem 217 quilômetros até o portal Whitney, 2,5 quilômetros acima do nível do mar. Para se classificar, David precisava mostrar que era fisicamente apto, correndo outra corrida com 160 quilômetros.

Correndo na corrida mais difícil do mundo

Para se qualificar, decidiu correr a San Diego One Day, uma corrida de 160 quilômetros na cidade de San Diego. Ele conseguiu o feito em 19 horas. Embora nunca tivesse corrido uma maratona, tinha a disciplina herdada do treinamento SEAL. Quando foi aceito para a Badwater, finalmente criou uma rotina de treinos específica para a maratona.

David estudou o terreno e começou a correr no tipo de calor que enfrentaria. Apesar do preparo, teve mais dificuldades do que estimou. Começou a corrida no ritmo errado, precisou lidar com a desidratação e perdeu o controle do intestino, fruto do grande esforço. Seus pés ficaram machucados.

Ainda assim, conseguiu completar a maratona em 30 horas, alcançando o quinto lugar. Ele percebeu que chegou em outro patamar, mas que poderia fazer mais. Embora o quinto lugar fosse uma realização, queria alçar vôos mais altos. Ele acreditava que isso é fruto de buscar a dor.

Você só faz 40% do que pode

No ano seguinte, David correria a Badwater novamente, alcançando a terceira colocação. Ele atribui isso ao fato de se apaixonar pelo sofrimento. É o que o fez deixar de se sentir o menino frágil e oprimido pelo pai para se sentir o que diz ser o “homem mais resistente que Deus criou”. Isso não é só algo realizável por ele . 

O maratonista acredita que, mesmo que as pessoas tenham tido uma infância melhor que a dele, provavelmente só fazem algo próximo de 40% do que podem. Elas podem usar desculpas. Dizer que há todo tipo de limitação. Mas, para David, isso não se aplica a todos.

Sempre há o 1% disposto a fazer o necessário para vencer todas as expectativas. Sua experiência diz que qualquer um pode fazer o impossível. Só você pode vencer sua mente. Não só consegue, como deve. Isso é necessário para ousar e conquistar o que a maioria presume estar acima do que é capaz.

Há um fascínio por quem não é medíocre

As pessoas só mudam por estudo, histórias e hábitos. O corpo e a mente podem chegar ao potencial máximo. Existe um caminho para isso. Quando você é determinado, todas as tragédias e dificuldades viram combustível para crescer. Você pode começar dando forma para sua dor. A dica de David é criar um diário.

Anote todos os problemas que enfrenta. Veja a dor por escrito. Quando puder virá-la do avesso, ela vai alimentar seu sucesso. Quando a mediocridade é o padrão e, às vezes, recompensada, há um fascínio grande por pessoas que a abominam. São essas que não se definem de forma convencional e conseguem transcender as capacidades humanas.

Mesmo longe dos SEALS, David não abriu mão do esforço. Para ele, é o mais doce dos frutos. Um dia no auge de sua rotina para competir em maratonas é:

acordar às 4 da manhã;

sair para correr;

tomar café da manhã;

pedalar 40 quilômetros até o trabalho;

almoçar na mesa de trabalho antes ou depois da pausa para o almoço;

aproveitar a pausa para ir à academia ou correr entre 6 e 10 quilômetros;

depois do trabalho, pedalar mais 40 quilômetros até em casa.

E se?

A vida é sofrimento. Para sobreviver no mundo, é preciso encarar a dor. Não há como detê-la. Por isso, a maioria é programada para buscar conforto. Vivemos em espaços seguros. Passamos o mínimo de tempo fazendo coisas que não gostamos. Isso nos amolece. Passamos a viver uma vida abaixo do que desejamos.

Mas alguns sabem que os limites também são prisões. Quando você menos esperar, sua imaginação vai buscar a saída da cela. Romper os grilhões exige trabalho árduo. Às vezes, físico. Por mais que os outros sejam contra, o que vale é o que você diz para si. 

Todos somos céticos quando nos propomos a fazer algo difícil. Mas você pode neutralizar todas as dúvidas se perguntando “e se?”. Essa pergunta silencia a negatividade e nos incentiva a fazer o impossível ser um pouco mais possível. 

Notas finais

David Goggins mostrou os bastidores de como levou seu corpo ao extremo e defende que qualquer um pode fazer o mesmo. Sua ambição por se tornar um SEAL também o levou a acreditar que poderia superar outros desafios igualmente grandes, como correr a ultramaratona de Badwater.

Dica do 12min

Tornar-se excelente em algo não vale a pena só pelo desenvolvimento pessoal em si. Também é algo que pode resolver sua carreira. É o que Cal Newport mostra em “Bom demais para ser ignorado”. Confira no 12 min!

Leia e ouça grátis!

Ao se cadastrar, você ganhará um passe livre de 7 dias grátis para aproveitar tudo que o 12min tem a oferecer.

Quem escreveu o livro?

O autor deste livro é David Goggins, um ultramaratonista americano, ciclista de ultra-distância e triatleta. Além de esportista, ele é palestrante motivacional e autor. Em sua trajetória ele já passou por diversa... (Leia mais)

Aprenda mais com o 12min

6 Milhões

De usuários já transformaram sua forma de se desenvolver

4,8 Estrelas

Média de avaliações na AppStore e no Google Play

91%

Dos usuários do 12min melhoraram seu hábito de leitura

Um pequeno investimento para uma oportunidade incrível

Cresca exponencialmente com o acesso a ideias poderosas de mais de 2.500 microbooks de não ficção.

Hoje

Comece a aproveitar toda a biblioteca que o 12min tem a oferecer.

Dia 5

Não se preocupe, enviaremos um lembrete avisando que sua trial está finalizando.

Dia 7

O período de testes acaba aqui.

Aproveite o acesso ilimitado por 7 dias. Use nosso app e continue investindo em você mesmo por menos de R$14,92 por mês, ou apenas cancele antes do fim dos 7 dias e você não será cobrado.

Inicie seu teste gratuito

Mais de 70.000 avaliações 5 estrelas

Inicie seu teste gratuito

O que a mídia diz sobre nós?